domingo, 20 de fevereiro de 2011

Silêncio subjetivo.

Criou o vácuo e
alimentou-o até que não se ouvisse
nem a corrida dos carros,
nem as batidas dos passos,
nem eventuais gritos exclamados.

Fechou-se, fechou-se e fechou-se.
Até que o espaço ilimitado
o sufocasse!

Finalmente cansou-se
e tentou prender-se a algo que o puxasse,
fosse de volta
ou fosse pro outro lado.

Nada encontrou de alcançável.

Deixou-se então vagar pelo espaço,
desejando ser tragado
pela correnteza de um mar inescapável.